terça-feira, 18 de novembro de 2008

Suicidio e o contexto da realidade social

O suicídio não deve ser sempre tratado apenas como um caso isolado por motivos particulares. Pode, muitas vezes, ser considerado problema de saúde pública, assim que a desilusão na vida da pessoa é provocada pela desilusão propiciada pelo próprio país.
Em matéria de 2004, o especialista José Bertolote explica: "Suicídio é um importante problema de saúde pública e representa 1,5% do custo total das doenças para a sociedade".

As estatísticas são uma ferramenta poderosa neste momento de análise. No Brasil algumas capitais e estados apresentam índices elevados, apesar da situação não ser tão crítica quanto no Japão, que, segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde) apresentava 25 mortes por 100 mil habitantes em 2004. A média brasileira chegou a 4,5 mortes por 100 mil habitantes também nessa data segundo estudo realizado pelo Ministério da Saúde em parceira com universidades públicas e privadas. Países como Espanha, Itália, Irlanda, Egito e Holanda, as mortes não chegam a dez a cada 100 mil habitantes nesse período. Na China, há 250 mil mortes por ano, cerca de um suicídio e oito tentativas a cada dois minutos, segundo o portal de notícias estatal chinês "China Daily". Os números africanos são imprecisos demais para serem publicados.

Os dados são uma visão alarmante, o suicídio está fortemente relacionado à cultura de um país (no caso do seppuku, tradição samurai japonesa de cortar a própria barriga), a sua religião (casos de suicídio coletivo em nome de uma ‘oferenda’) ou estabilidade proporcionada pelo país, (as mortes nos Estados Unidos provocadas pela crise americana).

Por Juliana Dutra