quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Suicídio e Religião

Diversos motivos levam uma pessoa a decidir quando acabar com sua vida. Como tudo em excesso faz mal, a religião não foge à regra. Ela pode sim ser o motivo de um suicídio, como uma prova de fé que será recompensada no paraíso.

Um exemplo conhecido mundialmente são os ataques suicidas aos EUA no dia 11/09/2001, quando membros da Al-Qaeda seqüestraram quatro aviões dos quais dois atingiram o World Trade Center, um atingiu o Pentágono e o outro, destinado à Casa Branca, caiu em um campo na Pensilvânia. Neste atentado, 19 pessoas (os seqüestradores) tiram suas próprias vidas e as de mais 3215 inocentes.

É compreensível que problemas insolúveis aos olhos de um indivíduo o incitem a cometer um atentado si mesmo. Mas as religiões sempre valorizaram muito a vida (apesar de haver períodos da história onde isso não se aplica, como o da Inquisição e o das Cruzadas), sempre foi algo que conforta, que dá explicações e esperança, logo, é contraditório esse estímulo ao suicídio. Não é falta de respeito, nem proselitismo, é só uma questão polêmica que atinge a todos nós, ainda que indiretamente e a longo prazo, seja no dia-a-dia, seja em eventos históricos como o 11 de setembro. E a questão é uma muito debatida, porém nunca resolvida: qual é o limite da fé?

Por Lucas Thomaz de Agrela
06 de novembro de 2008

Japão: A terra do suicídio [2]

Na segunda parte de nossa matéria, nós nos aprofundaremos em uma das maiores causas de suicido no Japão, o Bullying. Para quem não sabe o bullying significa os maus tratos que alguns alunos recebem dos conhecidos “valentões” em suas escolas. Atos desse tipo são vistos em todas as partes do mundo, porém no Japão o bullying atormenta a vida de milhares de alunos todos os anos.

Muitos alunos e principalmente alunas recorrem ao suicídio como solução. Os estudantes Japoneses se recusam a procurar ajuda em relação ao bullying guardando tudo para si mesmo, muitos professores não escutam o desabafo dos adolescentes, alem de que os próprios pais muitas vezes não sabem da situação que seus filhos passam todos os dias.

Um caso muito conhecido pela mídia local foi o de Shinji Nakai e sua mulher Setsuko, que entraram com um processo contra o governo Japonês e da cidade onde sua filha estudava. Os pais alegavam que a escola omitia os casos de bullying, alem, de não oferecer apoio a sua filha.

Psicólogos e estudiosos afirmam que o sistema de ensino Japonês, que obriga constantemente a “disputa” entre os alunos, cria um ambiente favorável para o bullying. Talvez a melhor saida não seja a modificação drástica no sistema educacional, e sim a conscientização de que alunos agredidos não procuram ajuda. Os professores e educadores tem de ficar atentos aos mínimos detalhes, punindo os culpados e ajudando os atacados. O suicídio deles é a única forma de fugir da realidade na qual vivem. Se ao menos tais alunos fossem escutados a tensão e frustração gerada pelo bullying diminuiria, junto com o suicídio.

Por Lucas Vinicius Biffi
Quarta-feira , 05 de Novembro de 2008