sábado, 22 de novembro de 2008

For o... ( fim?)

Na primeira parte do texto falei que ia deixar registrados alguns dos motivos "oficiais" ( que psicólogos e especialistas citam com mais frequência) para alguém tirar a própria vida e mostrar que o que é motivo para um pode não ser para outro, mas antes disso vou voltar trinta anos e contar rapidamente a história do Peoples Temple e do reverendo Jim Jones.

James Warren (Jim) Jones, começou a se tornar famoso nos EUA ao reunir negros e vítimas de preconceito( não sem antes cobrar dinheiro deles ) para criar o "Templo dos Povos". O objetivo do templo (que logo começou a ser chamado de igreja) era amarginalizados. O problema é que a sociedade estadunidense começou a olhar com um pouco de desconfiança esse negócio de cobrar dinheiro para construir um "Templo dos povos" com aspirações socialistas. Aí Jones foi se distanciando, mas não sozinho.

Como os EUA começaram a pressionar ainda mais, Jones ordenou a ida de todos os fiéis à Jonestown(cidade construída por eles próprios). E de lá não saíram mais, porque segundo seu líder, era melhor morrer já que não se poderia viver em paz. E foi resumidamente assim que mais de novecentas pessoas(incluindo crianças e famílias inteiras) morreram baseadas numa crença.

Voltando e concluindo...
Segundo Émile Durkheim em seu livro " O Suicídio", existem três tipos de suicídio:
Tipo- Suicídio egoísta
Motivo "Oficial"- quando alguém acha que simplesmente perdeu a graça e nada mais pode animar
Tipo-Suicídio altruísta
Motivo "Oficial"-quando um cabo do exército é humilhado por um superior, por exemplo e percebe que está muito preso à uma hierarquia
Tipo-Suicídio Anômico
Motivo "Oficial"-quando as pessoas se sentem extremamente frustradas, depressivas e acabam perdendo sua identidade

PS:A segunda parte da promessa( a de achar motivos "não- oficiais", eu fico devendo, porque como disse Luís Fernando Veríssimo :"Todas as opiniões sobre o gênero humano são suspeitas porque são de gente. É impossível ser completamente objetivo com a própria espécie". Traduzindo : qualquer coisa pode ser um motivo. Se alguém quer sorrir arranja fácil um motivo, se alguém quer brigar, idem...se alguém quer se matar...

Por Vinícius França

Sábado \o/

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Suicídio Anômico

Segundo o livro do sociólogo Émile Durkheim, "O Suicídio", há quatro tipos de suicidas. Um deles é o suicida por anomia. A anomia é quando, por causa de mudanças sociais/financeiras, a pessoa perde seus objetivos e sua identidade.

O suicídio anômico é, portanto, um dos suicídios mais comuns, pois, por exemplo, ao perderem o emprego (mudança tanto social quanto financeira), muitas pessoas desistem de viver. Essa é uma realidade assustadora, pois na nossa sociedade, perder o emprego é uma das piores coisas que poderia acontecer a alguém.

O exemplo também engloba a família de quem perde o emprego, como os filhos. A mídia vende seus produtos e modo de vida a jovens da classe média. O que eles fazem quando percebem que não serão mais parte do grupo social que até então eles estavam inseridos? O que acontece quando uma pessoa vê tudo que ela sempre teve sumir diante de seus olhos?

Ela perde sua identidade. Assim, a pessoa se transforma em alguém anômico e, muitas vezes, se transforma também num suicida anômico. Uma pessoa anômica não necessariamente comete o suicídio, afinal muitos decidem lutar para mudar sua vida ao invés de desistir. Essas pessoas têm dificuldades, precisam de ajuda e não têm muitas opções, mas isso não significa que a situação seja irreversível. Quem acha um motivo para continuar tentando, tem mais chances de conseguir. O difícil é achar tal motivo.

É importante lembrar que o termo anomia foi usado pela primeira vez por Durkheim em seu livro sobre suicídio, ou seja, desde sua "criação", a palavra já esteve ligada a este tipo de suicídio.

Por Clara Hamasaki

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Suicídio Vagaroso

Dentre as formas de escapismo mais destrutivas estão o uso de drogas e o consumo demasiado de bebidas alcoólicas. Essas atitudes em médio e longo prazo têm um efeito irreversível. Não tão explícito quanto enforcar-se, mas estas também são maneiras de cometer um suicídio, porém, vagaroso, morre-se a cada dia, parte por parte do corpo. As alucinações também podem levar ao suicídio.

Mais do que uma forma de escapismo para os jovens de classe média com baixa auto-estima, as drogas são um produto alternativo que gera lucros, portanto, sua comercialização torna-se um método de ascensão social. E mais uma vez a hierarquização a sociedade é a causa.

Segundo o Instituto Datafolha, 43% dos pais sabem que seus filhos usam drogas; 1 em cada 5 jovens já dirigiu após beber, entre os que têm renda familiar maior que dez salários mínimos a relação sobe para 2 em 5; e quanto a tão polêmica questão da liberação da maconha, 76% querem que seu uso siga proibido.

Programas de conscientização existem, a Lei Seca visa à diminuição de mortes que poderiam ter sido evitadas se atitudes inconseqüentes não tivessem sido tomadas. Enfim, o valor da vida é inestimável, não cuidar de você mesmo é uma forma de suicídio, a qual é citada com freqüência pelas religiões, em cujos preceitos estão previstos modelos a serem seguidos para se viver bem.

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Japão: A terra do suicídio [4]

Bullying, desemprego, solidão e suicídio coletivo. Já tratamos de todos estes assuntos, porém ainda não nos aprofundamos nas tentativas do governo Japonês para deter a onda de suicídios que há anos se instaura na terra do sol nascente. Nesta quarta e ultima parte da matéria comentaremos as tentativas de impedir o aumento do suicídio Japonês.

Como já comentamos anteriormente, o governo nipônico pretende diminuir ate 2016 cerca de 20% dos suicídios no Japão. De acordo com o próprio, as medidas são semelhantes às tomadas por países da Europa, como Reino Unido e Finlândia que visava à diminuição de pautas relacionadas a suicídio por qualquer meio de comunicação. Porém com o avanço da internet nem mesmo o governo tem poder para segurar as ondas de informações que avançam sobre a sociedade.

O Parlamento também procura acabar com os pactos, realizados por vários adolescentes, que se suicidam juntos numa forma de acordo feita via internet. As dificuldades para cortar tais informações da mídia se devem, pois iria contra a lei de proteção á liberdade de expressão. Assim o governo Japonês junto da policia e diversas empresas de comunicação procuraram adotar varias medidas para levar informações a respeito de suicídio para a policia. Os sites de suicídio seriam analisados, para decidir se o conteúdo contenha algum risco a sociedade.

Talvez tais medidas ainda sejam poucas, pois existem muitos suicidas que não se ocupam de métodos on-line. Porém esses ainda são o inicio da ação governamental, que procura inicialmente acabar com os métodos de suicídio que mais atingem os jovens Japoneses.

Por Lucas Vinicius

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Suicidio e o contexto da realidade social

O suicídio não deve ser sempre tratado apenas como um caso isolado por motivos particulares. Pode, muitas vezes, ser considerado problema de saúde pública, assim que a desilusão na vida da pessoa é provocada pela desilusão propiciada pelo próprio país.
Em matéria de 2004, o especialista José Bertolote explica: "Suicídio é um importante problema de saúde pública e representa 1,5% do custo total das doenças para a sociedade".

As estatísticas são uma ferramenta poderosa neste momento de análise. No Brasil algumas capitais e estados apresentam índices elevados, apesar da situação não ser tão crítica quanto no Japão, que, segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde) apresentava 25 mortes por 100 mil habitantes em 2004. A média brasileira chegou a 4,5 mortes por 100 mil habitantes também nessa data segundo estudo realizado pelo Ministério da Saúde em parceira com universidades públicas e privadas. Países como Espanha, Itália, Irlanda, Egito e Holanda, as mortes não chegam a dez a cada 100 mil habitantes nesse período. Na China, há 250 mil mortes por ano, cerca de um suicídio e oito tentativas a cada dois minutos, segundo o portal de notícias estatal chinês "China Daily". Os números africanos são imprecisos demais para serem publicados.

Os dados são uma visão alarmante, o suicídio está fortemente relacionado à cultura de um país (no caso do seppuku, tradição samurai japonesa de cortar a própria barriga), a sua religião (casos de suicídio coletivo em nome de uma ‘oferenda’) ou estabilidade proporcionada pelo país, (as mortes nos Estados Unidos provocadas pela crise americana).

Por Juliana Dutra

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Mitos que circundam o suicídio

"Quem fala não faz"
Muitos acreditam que os verdadeiros suicidas não se manifestam ao considerarem tal ato. Pesquisas mostram, no entanto, que 75% das pessoas que se suicidaram haviam expressado, semanas antes, que estavam desesperadas e o fariam.Os mesmos estudos mostram que, por essa razão, muitos casos poderiam ser evitados se tivessem recebido a devida atenção.

"Suicídio é coisa de louco"
Para muitas pessoas, apenas aqueles que têm problemas mentais cogitam o suicídio. No entanto, estima-se que nem 10% dos suicidas possuem psicose ou outros distúrbios psicológicos. É fato que muitos sofrem depressão ou transtornos, porém a ausência dessas moléstias, definitivamente, não elimina o risco de suicídio.

"Isso não leva ao suicídio"
Um grande erro é considerar que os argumentos de um suicida não são tão sérios. Infelizmente, é só após a tragédia que as pessoas começam a rever os conceitos e percebem que valores e prioridades variam de indivíduo para indivíduo.

"Uma vez superada a crise, não há mais risco"
Acredita-se que para acabar com o risco de suicídio, deve-se superar a situação que o gera. Baseando-se nisso, muitos pacientes são abandonados após uma melhora no quadro psicológico. Tais crises, no entanto, podem reaparecer, o que é muito comum. Além disso, novas crises podem surgir, por isso deve haver um acompanhamento constante nesses casos.

"Todo suicida pertence à mesma classe social"
É verdade que as classes e a mobilidade social são importantes no estudo do suicídio. Não há, entretanto, um setor da sociedade que fuja de tal ato. Ele atinge todas as classes e raças, mesmo que de formas diferentes.

"É inútil evitar um suicídio"
Há acredite que os suicidas estão determinados a se matar, por isso não fazem nada para reverter a situação. A maioria, pelo contrário, enfrenta grande indecisão e, até o último momento, se arrisca contando que venham salvá-la. Poucos são os que desistem da vida sem deixar algum sinal ou avisar alguém.

A existência desses mitos podem, de certa forma, explicar o grande número de casos de suicídio que poderiam ter sido prevenidos e não foram. Sustentar tais idéias equivale a recusar a ajuda necessária em um momento tão difícil para algumas pessoas. Por outro lado, ao quebrar esses falsos "dogmas", fica visível que há como diminuir as elevadas taxas de suicídio presentes no mundo contemporâneo.

Por Rafael dos Santos

domingo, 16 de novembro de 2008

Conflito com o meio exterior

Aparentemente o suicídio tem todos os atributos para ser classificado como um ato individual, mas para Émile Durkheim, pioneiro no estudo aprofundado sobre o assunto, o suicídio é um fenômeno social. Em Le Suicide (1897; O suicídio) obra de Durkheimm, demonstra as razões pelas qual o indivíduo se mata com análise das taxas de morte cometidas por suicídio. No estudo o sociólogo diz que o ato de se matar também é devido a um conflito com o meio social exterior.
Na obra O Suicídio~ Durkheim caracterizou os suicidas de três formas. A pessoa que se mata para não sofrer, geralmente, comente tal ato por não estar integrada em um convívio social (família, amigos e trabalho), é classificada como suicidas egoístas. O suicida altruísta, lealdade a uma causa (religião, moral, militar). E por último o suicida anômico, na qual o indivíduo se mata devido a uma crise e desequilíbrio socioeconômico que a sociedade sofre. Dukheim também verificou que as mortes por suicídios variam de país, religião, gênero e estado civil.

O livro chegou a conclusão de que a causa do suicídio na época de Durkheim era devido a pouca integração da sociedade com o indivíduo. Uma sociedade que era altamente individualista seria o contrário de uma solidariedade social, aumentando assim a opção pelo suicídio.

"Morrer é apenas não ser visto. Morrer é a curva da estrada."
Fernando Pessoa
Por: Shayane Servilha

sábado, 15 de novembro de 2008

E se? (Começo)

E se eu começasse dizendo que: " Nos EUA, se estima que a cada ano ocorram 30.000 mortes decorrentes de suicídio, sendo que as tentativas de suicídio que não terminaram em morte são estimadas em 8 a 10 vezes esse número"?E poderia continuar, lembrando que "atualmente, o suicídio ocupa a 8a posição entre as causas gerais de morte no país, depois de problemas do coração, câncer, derrame, acidentes, pneumonia, diabetes e cirrose" (as aspas estão no site do ABC da Saúde). Não adiantaria muito se a intenção fosse comover o leitor. Não é?

Eu já falei de famosos que se mataram; citei Hitler,Kurt Cobain e até Judas! Mas dentre tantos gringos, o único brasileiro lembrado foi Santos Dumont(que tem até nome de francês). Contei um pouco dos kamikazes japoneses também, mas não tem jeito.Só pensamos na gravidade do problema,quando este nos aflige diretamente( ou quase).

Agora sim o começo...

Levando em consideração o levantamento feito pelo Ministério da Saúde, o número de jovens brasileiros entre 15 e 24 anos que tentam o suicídio no Brasil aumentou em torno de 40% de 1993 à 1998? Esses são apenas dados de mais de 10 anos atrás. Hoje em dia estamos muito melhores...temos apenas cerca de 8 mil casos ao ano de suicídio. Temos também uma pergunta,inevitável: Pra quê tudo isso?

Os motivos "oficiais" variam entre:
- Baixa saúde mental(jeito chique de chamar o suicida de louco)
- Baixa saúde mental por abuso de drogas e alcool
- E mais várias e várias tentativas de explicação

Na segunda parte do texto falarei mais sobre os possíveis motivos, os outros motivos "oficias" e a dura constatação: não é porque achamos que determinado fato não é motivo para suicídio, que ele realmente não seja.

Por Vinícius França
Sábado \o/

PS:O Site do ABC da saúde que fala das estatísticas citadas no início do texto é esse aqui: http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?401 ( acessem ^^ )

Eutanásia

A eutanásia é o ato de desligar as máquinas que mantêm uma pessoa viva. Muitos acreditam que isso é nada mais do que um assassinato. Mas e se a própria pessoa decide que não quer mais viver uma vida dependente de aparelhos, sem perspectiva de futuro?

Este é um assunto delicado, pois ninguém quer ver um parente, um amigo ou até mesmo um simples conhecido desistir da vida de uma forma que todos saibam o que está acontecendo, sem ter a chance de impedir a decisão da pessoa. E também é difícil para a própria pessoa que está passando por isso, pois ao saber que seu estado é irreversível, o que resta a ela?

Alguns filmes, como "Menina de Ouro" e "Mar Adentro", contam a história de alguém que percebe, mas não aceita, que seu destino é ficar deitado em uma cama pelo resto dos seus dias, sem levantar um dedo. Estes dois filmes passam a mensagem de que se a pessoa sabe que não há como mudar seu estado e não quer mais viver num mundo de sofrimento, ela deveria ter a opção de não mais passar por isso.

Por isso, muitas pessoas preferem nem ver filmes com esta temática. Não é o futuro que planejamos para nós mesmos durante nossas vidas, mas o que devemos fazer quando nos deparamos com estas situações? Muitos condenam a eutanásia, outros são a favor se a pessoa está passando por grandes dificuldades, sofrendo. Mas, de um modo geral, a sociedade é contra. Por quê?

Porque não há nada mais fácil do que se imaginar numa situação tão frágil quanto esta. E, ao mesmo tempo, nada mais difícil do que pensar em como lidar com isso caso um dia venha acontecer com você.

Por Clara Hamasaki

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

A sociedade é inocente?

Na sociedade atual, a mídia impõe padrões. Sejam eles de consumo ou de beleza, há sempre aqueles que o sistema exclui, sem a menor chance de ascensão, pois além de barreiras econômicas, há barreiras morais. A competitividade é exacerbada. Com um futuro repleto de escolhas pré-determinadas, as pessoas que não conseguem ter as mesmas coisas que seus vizinhos tendem a ser infelizes, talvez até invejosas, e isso, em longo prazo, pode levar à depressão e ao suicídio e no Japão há muitos exemplos disto.

A falta de valorização do trabalhador que o capitalismo impõe com seus meios de produção faz com que as pessoas se sintam meros vendedores da sua força de trabalho para mover a máquina geradora de lucros e de miséria. Benefícios efêmeros são gerados, mas o que realmente passa na cabeça da pessoa sem oportunidade? Passa um sonho: o de ser e de se sentir igual.

Muitas vezes alguns consideram o suicídio uma solução pensando numa teoria comum: ao invés de resolver os problemas, pode-se eliminar a vida na qual eles se hospedam. Assim não há problemas.

O suicídio pode ser a conseqüência de problemas psicológicos ou psiquiátricos, mas a causa muitas vezes é externa e presente no nosso dia-a-dia. A questão que fica neste texto é: será que o mundo está correto?


Por Lucas Thomaz de Agrela

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Japão: A terra do suicídio [3]

Nessa penúltima parte de nossa matéria, trataremos do suicídio cometido entre classes sociais altas em conjunto com os desconhecidos (aqui no ocidente) sites de suicídio.
Já comentamos dos casos de suicídios vindos de estudantes e adolescentes, porém outro grande índice de mortes provem dos adultos acima de 40 anos.

Muitos deles se suicidam devido a problemas econômicos, ou mesmo quando seu trabalho se encontra instável. Para quem não sabe, entrar em uma empresa no Japão é um orgulho para a família, já sair da mesma é uma vergonha. Normalmente os empresários começam e acabam em uma mesma empresa. Sair dela é sinônimo de incompetência e fraqueza.

Muitos empresários, que mesmo obtendo muito dinheiro, chegaram a cometer o suicídio, pois foram despedidos. 25% dos suicídios provem de problemas relacionados com o trabalho.

O mais estranho em tudo isso, é que uma grande parte dos suicidas entre 35 a 50 anos utilizam sites de suicídio coletivo, que ao juntar um determinado numero de pessoas, programam a hora e a data para que todos se suicidem juntos, cada um em sua casa conectado aos outros por intermédio do computador.Outro tipo de site é o que encomenda seu próprio suicídio. Por uma quantia de 1200 iens uma pessoa vai ate a sua casa para te matar. Muitos sites desses já foram fechados, ocorrendo 2 prisões. Uma por envenenamento e outra por degolamento. Todos pagos e agendados.

Temos que compreender que não só estudantes e jovens cometem o suicídio. Adultos bem sucedidos também recorrem à morte, muitas vezes por problemas de honra do que de dinheiro. Ou seja: O suicídio pode atingir qualquer um em uma social, não importa quanto dinheiro este tenha. Temos que entender que apesar de nossa sociedade colocar visivelmente todos em “níveis” a depressão, baixa alto estima e desonra podem atingir qualquer um. Estes conceitos não possuem preconceitos!

Por Lucas Vinicius Biffi

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Documentário aborda casos atuais de suicídio

Com 93 minutos de duração, o documentário “The Bridge” (A Ponte, 2006) retrata casos de suicídio em um dos maiores pontos turísticos de São Francisco, a ponte de Golden Gate. Foi dirigido por Eric Steel, também diretor de “Bringing Out the Dead” (Vivendo no Limite, 1999), “Shaft” (2000) e “Angela’s Ashes”.

Ao longo do dia, Steel e sua equipe conseguiram flagrar cerca de 20 pessoas no momento de sua morte. Sendo constatados comportamentos quase regulares, gerou grande polêmica: a pessoa leva algum tempo para se jogar, dando tempo para que seja ajudada, mas o filme registra 20 vítimas e ajuda poucas. O documentário também conta com depoimentos de amigos e parentes das vítimas.

Por: Juliana Dutra

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Quem dá mais valor à vida?

Há mais ou menos 50 anos, os sociólogos Austin Porterfield e Jack Gibbs realizaram uma pesquisa na Nova Zelândia que relacionava suicídios à classe e à mobilidade social. Foram estudados casos ocorridos entre 1946 e 1951.

O trabalho tinha como objetivo descobrir em quais classes (alta, média ou baixa) o suicídio era mais comum e se a mobilidade social (enriquecimento ou empobrecimento) exercia alguma influência em tal prática.

Uma análise simples mostrou que a maioria dos casos de suicídio (30%) eram praticados pela parcela mais rica da sociedade, enquanto os pobres apresentaram a menor porcentagem. Além disso, dentre as classes altas, destacaram-se os praticantes com mais de 35 anos. Essa proporção direta entre renda e número de suicídios (crescimento paralelo), no entanto, não é considerada universal.

De acordo com a teoria, a mobilidade pressupõe adaptações radicais devido à mudança de classe. Os dados mostraram que os suicidas, majoritariamente, haviam passado por tal mobilidade.

O tipo de crise psicológica promovida pela mudança de classe variava dentre os que subiram, desceram ou se mantiveram estagnados em relação à posição ocupada na sociedade. Aqueles que avançaram de patamar apresentavam problemas com o emprego. Os que decaíram tinham problemas interpessoais - brigas, divórcios, falecimentos.

A pesquisa de Porterfield e Gibbs não deu importância à ligação entre suicídio e doenças mentais (como a depressão) ou influências externas, e por isso não obteve tanta credibilidade. Foi capaz, entretanto, de prever os males do consumismo e do status quo, que comprometem a qualidade de vida da sociedade contemporânea.

Por Rafael dos Santos

domingo, 9 de novembro de 2008

Cérebro de suicida é diferente

Tentando explicar as causas dos suicídios recentemente foi publicado um estudo canadense na revista Biological Psychiatry, onde constatou que o cérebro da pessoa suicida é quimicamente diferente do cérebro de pessoas que morrem por outras causas. A pesquisa verificou que a metilação, que regula o desenvolvimento das células, no cérebro dos suicidas é maior que nos outros cérebros. A metilação também tem a função de desligar genes de uma célula para que outros genes determinem a função da célula, o gene que estava sendo desligado era um importante regulador de comportamento.

Os cientistas das Universidades de Western Ontario, Carleton e Ottawa também apontam que fatores ambientais também influenciam a mudança do comportamento.

Segundo Michael Pouler, cientista responsável pela pesquisa, a descoberta abrirá portas para novos estudos e terapias sobre comportamento de suicidas e pessoas depressivas.

John Krystal, editor da Biological Psychiatry, sintetiza “Além disso, essas modificações podem acabar moldando os rumos da vida de uma pessoa de forma importante, inclusive aumentando o risco de um distúrbio depressivo e, talvez, do suicídio”.

“A vida sem ciência é uma espécie de morte”.
Sócrates

Por Shayane Servilha

sábado, 8 de novembro de 2008

Kamikazes: Tudo por tudo?

Muitos já ouviram essa palavra: "Kamikaze". O que seria? Um prato da culinária japonesa? Um anime?(animação japonesa) Um brinquedo de parque de diversões? Sim. Também é um brinquedo num parque de diversões, mas muito antes disso essa palavra significou orgulho, honra e desespero.( O único desespero comparável ao das vítimas de um kamikaze é o de um estudante de jornalismo que escreve de ultima hora repetindo substantivos no título do texto).

Kamikaze é uma palavra de origem japonesa. "Kami" significa "deus" e "kase", "vento"...curiosamente essa palavra no Japão é apenas usada para designar um tufão que se diz ter salvo o país em 1281 da invasão por uma frota líderada por Kublai Khan(conquistador do Império Mongol), mas no resto do mundo ela é usada para caracterizar os ataques suicidas realizados por pilotos japoneses na segunda guerra mundial.

A intenção desses ataques era óbiva: se destruir causando o maior dano possível às vítimas( muitos acreditavam que um ataque kamikase causava mais danos que uma bomba ou um torpedo); É claro que causava um dano ainda maior ao piloto, mas o objetivo dos ataques normalmente era alcançado, principalmente depois que o Japão viu que a tática era boa e começou a desenvolver aviões mais "explosivos".

Claro que há muitas perguntas sobre os kamikazes: Por que eles se matavam ao invés de se alistarem no exército e matarem muito mais gente? Por que eles tomavam saquê antes de ir para o avião já que essa bebida poderia deixá-los bebados e fazê-los acertar o alvo errado? Infelizmente não sei responder, mas antes que alguém pergunte: os kamikazes usavam capacete por honra(e porque os rádios ficavam neles).

Por Vinícius França
Sábado \o/

A Maior Dificuldade

Não é difícil pensar em se matar - muito pelo contrário, muitas pessoas pensam em suicídio pelo menos uma vez na vida. O difícil é admitir este pensamento e, principalmente, enfrentar a angústia de querer desistir da própria vida.

Quando alguém pensa em se matar, quem deveria ajudá-la quando a própria pessoa não reconhece que precisa ser ajudada? O suicídio não é um assunto comum em conversas, é na verdade, um assunto praticamente banido socialmente.

A pessoa se sente bloqueada quando vê a necessidade de conversar com os amigos, pois ela acredita que eles não saberiam lidar com esta situação.

Ela também tem dificuldade para falar com a sua família, pois os parentes sofrerão e, logo, há um sentimento de culpa por causar este sofrimento.

Finalmente, há o medo de procurar ajuda externa, um psicólogo por exemplo, pois a pessoa precisa aceitar o problema que ela tem e seus efeitos na sua vida, que pode evoluir de uma tristeza contínua até o suicídio.

Lidar com o fato de que você precisa de ajuda envolve muita força, coragem e consciência de quem você é, e é por isso que muitas pessoas resolvem ir até o fim com a idéia do suicídio. Pedir ajuda é, sem dúvida, a maior dificuldade que todos nós temos.

Por Clara Hamasaki

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Suicídio e Religião

Diversos motivos levam uma pessoa a decidir quando acabar com sua vida. Como tudo em excesso faz mal, a religião não foge à regra. Ela pode sim ser o motivo de um suicídio, como uma prova de fé que será recompensada no paraíso.

Um exemplo conhecido mundialmente são os ataques suicidas aos EUA no dia 11/09/2001, quando membros da Al-Qaeda seqüestraram quatro aviões dos quais dois atingiram o World Trade Center, um atingiu o Pentágono e o outro, destinado à Casa Branca, caiu em um campo na Pensilvânia. Neste atentado, 19 pessoas (os seqüestradores) tiram suas próprias vidas e as de mais 3215 inocentes.

É compreensível que problemas insolúveis aos olhos de um indivíduo o incitem a cometer um atentado si mesmo. Mas as religiões sempre valorizaram muito a vida (apesar de haver períodos da história onde isso não se aplica, como o da Inquisição e o das Cruzadas), sempre foi algo que conforta, que dá explicações e esperança, logo, é contraditório esse estímulo ao suicídio. Não é falta de respeito, nem proselitismo, é só uma questão polêmica que atinge a todos nós, ainda que indiretamente e a longo prazo, seja no dia-a-dia, seja em eventos históricos como o 11 de setembro. E a questão é uma muito debatida, porém nunca resolvida: qual é o limite da fé?

Por Lucas Thomaz de Agrela
06 de novembro de 2008

Japão: A terra do suicídio [2]

Na segunda parte de nossa matéria, nós nos aprofundaremos em uma das maiores causas de suicido no Japão, o Bullying. Para quem não sabe o bullying significa os maus tratos que alguns alunos recebem dos conhecidos “valentões” em suas escolas. Atos desse tipo são vistos em todas as partes do mundo, porém no Japão o bullying atormenta a vida de milhares de alunos todos os anos.

Muitos alunos e principalmente alunas recorrem ao suicídio como solução. Os estudantes Japoneses se recusam a procurar ajuda em relação ao bullying guardando tudo para si mesmo, muitos professores não escutam o desabafo dos adolescentes, alem de que os próprios pais muitas vezes não sabem da situação que seus filhos passam todos os dias.

Um caso muito conhecido pela mídia local foi o de Shinji Nakai e sua mulher Setsuko, que entraram com um processo contra o governo Japonês e da cidade onde sua filha estudava. Os pais alegavam que a escola omitia os casos de bullying, alem, de não oferecer apoio a sua filha.

Psicólogos e estudiosos afirmam que o sistema de ensino Japonês, que obriga constantemente a “disputa” entre os alunos, cria um ambiente favorável para o bullying. Talvez a melhor saida não seja a modificação drástica no sistema educacional, e sim a conscientização de que alunos agredidos não procuram ajuda. Os professores e educadores tem de ficar atentos aos mínimos detalhes, punindo os culpados e ajudando os atacados. O suicídio deles é a única forma de fugir da realidade na qual vivem. Se ao menos tais alunos fossem escutados a tensão e frustração gerada pelo bullying diminuiria, junto com o suicídio.

Por Lucas Vinicius Biffi
Quarta-feira , 05 de Novembro de 2008

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Palavras que ficam quando a vida se esvai

Getúlio Vargas, Kurt Cobain, Heinrich von Kleist e Vinícius Gageiro Marques. Essas foram algumas das pessoas de casos famosos de suicídio e têm em comum mais um fator: deixaram uma carta antes de cometerem suicídio.

As estatísticas dizem que cerca de 20% dos suicidas fazem o mesmo. Segundo uma tese de doutorado da professora da Universidade de Utah Dra. Lenora Olson, as causas que levariam alguém a escrever uma nota antes morrer seriam: aliviar ou aumentar a dor dos que ficaram (isentando-os ou atribuindo-lhes culpa), esclarecer a razão do suicídio, deixar instruções do que fazer com o que restou e atrair piedade ou chamar atenção.

Há ainda aqueles que nada escrevem, que seriam analfabetos ou não habituados com a linguagem escrita, pessoas que não teriam a quem escrever ou o que deixar, com dificuldade de se expressar, que não planejaram o suicídio com muita antecedência, ou na esperança de que a morte seja interpretada como homicídio na tentativa de manter uma boa imagem ou o seguro de vida.

Além disso, esses dados apresentados demonstram uma questão contraditória a ser levantada: deixar uma nota antes de tirar a própria vida demonstra, no mínimo, um desejo de que um pedaço de si permaneça no mundo. Seja para confortar parentes, culpá-los ou dar explicações, a essência da pessoa estampada, os sentimentos traduzidos em tinta estarão eternizados. Mostra que poderiam ser ajudados, se ouvidos. São pessoas que não valorizam a vida, mas o fazem suficientemente para deixarem satisfações, saindo da vida para entrar na “memória”.

Por Juliana Dutra
Terça-feira , 04 de Novembro de 2008

O processo de valorização

Hoje em dia qualquer discussão banal pode levar uma vida ao seu fim, seja por homicídio ou suicídio.

O contexto pessoal influencia tais ações. Caso não haja objetivos ou perspectiva de futuro, haverá desvalorização da vida. Realização profissional, conquistas e boa convivência com família e amigos, no entanto, tornam uma vida preciosa novamente.

Os próprios conflitos internos podem abrir espaço para novos conceitos. Eles precisam de uma "válvula de escape", um jeito de serem expressos - em forma de poesia, esporte, escrita ou outros tipos de arte. Não adianta recorrer ao escapismo - uso de drogas e bebidas ou, em casos extremos, a desistência da própria vida.

A escola é um importante agente desse processo. Na área de biológicas, o indivíduo passa a conhecer mais sobre si e aquilo que o cerca, adquirindo senso de convivência para com os demais. As ciências exatas fortalecem o raciocínio lógico, dotando o receptor de uma ferramenta para solução dos problemas que possa enfrentar no decorrer da vida. Através da produção de textos e interatividade com as diferentes formas de pensar, as matérias de humanas permitem que a pessoa "desabafe" e utilize seus ideais de forma ética. Ao final do processo, as disciplinas especiais - esportes, música, artes, entre outras - promovem a circulação de todos esses aprendizados, ou seja, o canal por onde se comunicar.

Por Rafael dos Santos
Segunda-feira , 03 de Novembro de 2008

Uma outra visão

Complicado escrever sobre algo que uma vez passou em minha cabeça, perder uma pessoa que foi de grande significado talvez não seria um bom motivo, mas terminaria com o sofrimento, que pouco importa para o outro.


Vejo muitos julgarem aqueles que se suicidam e até mesmo os que pensam no suicídio. È tão fácil dizer que é uma atitude covarde e sem nexo, não estou concordando com o ato, simplesmente não consigo pensar como sendo um ato de fragilidade.


Certo ou errado? Certo do ponto de vista da pessoa que comete tal ato, erradíssimo para a sociedade que tanto “valoriza a vida”. Não acredito no certo ou errado, acredito sim na liberdade de escolha, no livre-arbítrio.


Condenar o suicídio é a forma mais fácil, pensar até que ponto foi importante e necessário, ninguém quer saber o motivo.


Será mesmo que porque estamos andando e falando, realmente estamos vivos? Pensamos na morte do corpo, no entanto alguém acredita na morte da mente e da alma? Tem tantas pessoas que morreram por dentro, mas continuam “vivas”, e elas não são julgadas. Prefiro colocar minha forma de pensar de maneira simplista e ingênua. Dados e pesquisas sobre o assunto são importantes para entender melhor, só que a partir do momento que a questão está relacionada ao sentimento de cada indivíduo, a racionalidade não tem tanto fundamento assim.


Quem mata o tempo não é assassino, mas sim um suicida”.

Millôr Fernandes


Por Shayane Servilha

Domingo , 02 de Novembro de 2008

Suicídio: coragem ou covardia?

Ian Curtis, Assis Valente, Amy Winehouse(opa, essa ainda não foi) são algumas celebridades suicidas (ou quase ,contando com a Amy). Isso no mundo da música,porque fora dele há muitos outros exemplos.Só pra citar: Santos Dumont,Vincent Van Gogh,Herzog(rá,conta outra né),Adolf Hitler, Eva Braun e Judas Iscariotes! Isso mesmo.Nem a bíblia escapou das pessoas que acharam melhor "queimar que apagar aos poucos"(como diria Neil Young mais tarde reproduzido por Kurt Cobain em sua, pasmem! Nota de suicídio).

Vendo tanta gente famosa e adorada(com as prováveis exceções de Judas, Hitler e Eva Braun), é possível acreditar na frase pessimista de Neil Young.Será que Ernest Hemingway( um dos escritores estadunidenses da chamada "Geração Perdida") achou gostosa a sensação de uma bala de espingarda atravessando sua cabeça? "Ah mas ele nem sentiu" alguém dirá. Ledo engano. O tempo de sobrevida de qualquer ser humano é de aproximadamente oito segundos depois de um golpe fatal( ou seja, o suficiente para um decapitado contemplar seu corpo sem cabeça e dar um sorrisinho).

E a pouco lembrada Wendy Orleans Willians(vocalista dos Plasmaticts)? Será que ela achou melhor se queimar fatalmente com uma arma que apagar aos poucos? É óbvio que ninguém gosta de passar por cenas de aflição tão intensa. Tudo bem, oito segundos não é muita coisa.Passa rápido. É aí que está! Pimenta nos olhos dos outros é refresco(no caso, bala na cabeça dos outros é refresco). Ninguém que não tenha se suicidado imagina o terror que esse ato carrega consigo.

Ainda acredito no Gonzaguinha quando ele diz que "ninguém quer a morte, só saúde e sorte". Se Kurt Cobain tivesse saúde (não fosse viciado em heroína) e sorte ( não fosse casado com uma viciada em heroína) será que teria pensado em se matar? Se Santos Dumont tivesse saúde(muito debilitada em seus últimos dias)e sorte(de não ver sua criação mais aclamada ser transformada em máquina de guerra),teria dado cabo à própria vida? Coragem de ter abortado tudo e covardia de terem atentado contra si mesmos. Coragem de parar tudo quando já eram conhecidos e covardia de não darem uma chance a eles mesmos e aos outros.

Frances Bean Cobain merecia a oportunidade de conhecer o pai e o sobrinho do Santos Dumont adoraria saber que podia sair de casa tranquilo e quando voltasse estaria com o tio respirando. Limpo, prático e inteligente. Não sujaria o chão, não magoaria as pessoas que ficam e nem sairia do curso natural da vida. O suicídio não glamouriza ninguém. Mancha o glamour de quem é famoso e borra pra sempre a imagem quem não é.É mais covardia que coragem. Aliás,é mais covardia que qualquer outra coisa.

Por Vinícius França
Sábado \o/

O Suicídio e a Mídia

O suicídio é um tema explorado pela mídia, pois chama a atenção de muitas pessoas de diversos grupos sociais, econômicos e etários. Um episódio marcante para a mídia em relação a suicídios aconteceu, porém, de uma forma totalmente inesperada.

Em 1974, a repórter Christine Chubbuck começou seu programa normalmente e, após anunciar algumas notícias, pegou uma arma que tinha levado ao programa e atirou em si mesma, em frente às câmeras.

No entanto, o episódio não parou a exploração do suicídio pela mídia. Em 2002, o diretor Michael Moore explorou o tema com seu filme "Tiros em Columbine", inspirado no massacre que ocorreu no Instituto Columbine, escola dos Estados Unidos. Dois jovens levaram armas e bombas e mataram vários alunos e professores antes de cometerem o suicídio. Este massacre também inspirou o filme "Elefante" de Gus Van Sant.

Não foi só o cinema que teve o suicídio como um tema importante em suas histórias. Séries de TV, desde "Buffy, A Caça-Vampiros" em 1999 até "Gossip Girl" neste ano, abordaram o suicídio de diversas maneiras, mas nunca de forma aprofundada, passando uma mensagem que pudesse ajudar o telespectador, e sim de forma exploradora.

Infelizmente, esta exploração continuará, através de tragédias como a de Chubbuck e a do Instituto Columbine. E fica cada vez mais difícil de saber o que é pior: as tragédias ou as explorações da mídia.

Por Clara Hamasaki
Sexta-feira , 31 de Outubro de 2008

Segundo estudo, ouvir heavy metal pode levar ao suicídio

O professor russo Fyodor Kondratyev, citando dados da American National Education Association, fez um estudo sobre o heavy metal e concluiu que 6 mil americanos cometem suicídio por ano devido à influência da música.

Sob a supervisão de Kondratyev, 700 músicas do gênero foram analisadas pelo Centro de Pesquisa Serbsky para Psiquiatria Social e Forense e concluiu-se que 50% das letras falam sobre homicídio, 35% sobre satanismo e 7% têm o suicídio como tema.

“Jovens ouvem heavy metal em busca de vingança contra a sociedade e para encontrar outros jovens que pensem da mesma maneira”, afirmou Kondratyev ao jornal Rossiyskaya Gazeta.

O outro lado

Em contrapartida, um estudo realizado pela BBC em setembro mostra que os fãs da “música pesada” têm o mesmo perfil que os de música clássica. Criatividade, introversão e satisfação pessoal são as características apontadas na matéria.

Existem vários tipos de heavy metal, muitos deles não mencionam religião em suas letras, nem sequer morte, suicídio ou violência. Porém, há aqueles que têm como princípio o ateísmo ou o satanismo. O estilo musical se originou na década de 1970 como um movimento de contracultura, por isso os cabelos longos e roupas rasgadas.

Por Lucas Thomaz de Agrela
Quinta-feira , 30 de Outubro de 2008

Japão: A terra do suícidio [1]

Nesta primeira parte da matéria sobre os índices e causas do suicídio no Japão, trataremos das pesquisas realizadas em território nipônico, mostrando a realidade vivida por um dos paises mais desenvolvidos de todo o mundo.


No ano de 2005, uma pesquisa realizada pelo governo japonês, confirmou que pelo oitavo ano consecutivo o Japão era considerado o pais com a maior taxa de suicídios do mundo. São cerca de 30 mil mortes por ano, a maioria relacionada a problemas econômicos, escolares ou tentativas de suicídio coletivo (temas que serão tratados mais tarde nesse blog). A ultima pesquisa, realizada em 2007, afirma que o Japão ainda ocupava o primeiro lugar em números de suicídios, com um aumento de 856 mortes, em relação ao ano de 2006.


O governo Japonês afirmou que lutaria contra os altos níveis de suicídio ocorridos na sociedade, garantindo diminuir cerca de 20% deles ate 2016. É interessante comentar que ate o final do século XIX o suicídio era uma pratica comum ente os japoneses e que sua religião (diferente da católica) não condena o suicídio.


Por Lucas Vinicius Biffi

Quarta-feira , 29 de Outubro de 2008

Quando o mau humor é considerado doença

Depressão, baixa auto-estima, cansaço, irritabilidade, má disposição, dificuldade de concentração, insônia e pessimismo são sintomas comumente atribuídos a uma pessoa mal-humorada. O caso pode, no entanto, ser considerado doença. É chamada distimia a “doença do mau humor” que pode afetar principalmente jovens adultos entre 25 e 35 anos, por estarem freqüentemente submetidos ao estresse.

Os que sofrem desse mal geralmente apresentam dificuldades no convívio social, alterações no apetite e são facilmente desestimulados. Segundo Luiz Alberto Hetem, da Associação Brasileira de Psiquiatria, como a depressão provocada é prolongada, mas menos intensa, os pacientes tendem a acreditar que os sintomas são traços de sua personalidade e não procuram especialistas. De acordo com o médico psiquiatra Táki Cordás, considerar apenas o lado negativo ao longo da vida explica por que 15%, 20% dos pacientes com distimia tentem suicídio.

O tratamento é realizado com antidepressivos e vem obtendo resultados com a fluoxetina, sertralina, paroxetina e mirtazapina.

Por Juliana Dutra
Terça-feira , 28 de Outubro de 2008

Uma questão séria

Segundo a OMC (Organização Mundial de Saúde), cerca de 3000 pessoas por dia se suicidam, ou seja, um caso a cada três segundos. As estimativas ainda revelam que apenas uma a cada 20 tentativas de suicídio obtém sucesso.
Atualmente o suicídio é uma das principais causas de morte entre os jovens e adultos de 15 a 34 anos, embora a maioria dos casos aconteça entre pessoas de mais de 60 anos.
Apesar de ainda ser registrado mais de 1,1 milhão de suicídios por ano, a maioria deles poderia ser prevista e evitada.

Cada suicídio ou tentativa provoca uma devastação emocional nas pessoas próximas ao envolvido, causando um impacto que pode durar muitos anos.
"O suicida faz com que amigos e parentes se sintam seus assassinos." (Vincent Van Gogh)

A vida vale pelos bons momentos, coisas boas e bons amigos. Vale por sonhos, fé e harmonia. A vida é o nosso maior presente.
Vale a pena viver, sonhar, sorrir, se apaixonar.
Este blog visa apresentar o contexto do suicídio na atualidade e procura mostrar o valor da vida àqueles que, por alguma razão, sentem que não conseguem mais encontrar seu real sentido.

Por Rafael dos Santos
Segunda-feira , 27 de Outubro de 2008