quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Uma outra visão

Complicado escrever sobre algo que uma vez passou em minha cabeça, perder uma pessoa que foi de grande significado talvez não seria um bom motivo, mas terminaria com o sofrimento, que pouco importa para o outro.


Vejo muitos julgarem aqueles que se suicidam e até mesmo os que pensam no suicídio. È tão fácil dizer que é uma atitude covarde e sem nexo, não estou concordando com o ato, simplesmente não consigo pensar como sendo um ato de fragilidade.


Certo ou errado? Certo do ponto de vista da pessoa que comete tal ato, erradíssimo para a sociedade que tanto “valoriza a vida”. Não acredito no certo ou errado, acredito sim na liberdade de escolha, no livre-arbítrio.


Condenar o suicídio é a forma mais fácil, pensar até que ponto foi importante e necessário, ninguém quer saber o motivo.


Será mesmo que porque estamos andando e falando, realmente estamos vivos? Pensamos na morte do corpo, no entanto alguém acredita na morte da mente e da alma? Tem tantas pessoas que morreram por dentro, mas continuam “vivas”, e elas não são julgadas. Prefiro colocar minha forma de pensar de maneira simplista e ingênua. Dados e pesquisas sobre o assunto são importantes para entender melhor, só que a partir do momento que a questão está relacionada ao sentimento de cada indivíduo, a racionalidade não tem tanto fundamento assim.


Quem mata o tempo não é assassino, mas sim um suicida”.

Millôr Fernandes


Por Shayane Servilha

Domingo , 02 de Novembro de 2008

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